sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Ele era tranquilo...E premeditou o assassinato.


"Quem era Rogério Damascena, o homem que assassinou a esposa e o padrinho do seu casamento durante a festa? Horas após o assassinato, a resposta de amigos e familiares era quase sempre a mesma: um rapaz tranquilo. Todos perplexos com o desfecho de uma história de amor. Um dia depois, porém, outras versões começaram a aparecer. Relatos da família e de pessoas ligadas à noiva, Renata Alexandre Costa Coelho, 25, redesenharam o perfil do noivo, desta vez como uma pessoa calma, mas com rompantes de ciúmes. Em um deles, durante uma reunião de amigos, alguns meses atrás, Rogério teria discutido e chegado a empurrar o marido de uma sobrinha de Renata, achando que o homem estava flertando com a noiva. Por causa do episódio, a moça não teria ido ao casamento da tia, realizado em um condomínio de luxo em Aldeia, Camaragibe.

A hipótese de traição foi descartada por amigos e familiares dos três envolvidos - o casal e Marcelo André Zloccowick, gerente financeiro da empresa onde Rogério trabalhava como vendedor. Além da motivação, a polícia ainda não esclareceu o paradeiro da arma. Mas a família da noiva acredita saber quem escondeu possivelmente uma pistola 380.

Ontem, o irmão de Renata e dono da casa em Aldeia onde os crimes aconteceram, o empresário do ramo de medicamentos Roberto Guerra, 44, prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). À imprensa ele disse que atribui os crimes ao "ato de um sociopata". "Se foi esquizofrenia, porque outra pessoa ocultaria a arma?", questionou. Guerra disse que ninguém da família da noiva tinha conhecimento de um possível tratamento psicológico que Rogério estivesse sendo submetido. "Isso seria com a família dele. Não sabíamos de nada. Não sei se ele era bipolar", garantiu.

O advogado da família de Renata Coelho, Hisbelo Oliveira, foi taxativo ao afirmar que, para a família da noiva, o assassinato foi motivado por ciúmes. "Ele era uma pessoa extremamente ciumenta. Quando focava alguém...", disse o advogado. Roberto Guerra, que assim como a irmã é formado em direito, disse que Rogério nunca agrediu Renata. Mas relatou dois episódios de acessos de ciúmes. "Um foi em uma reunião social em que ele teve ciúmes do marido da minha sobrinha. Ele discutiu, chegou a empurrar o rapaz e quem estava próximo apazigou a situação. Meses depois, eles estavam novamente em uma roda de amigos e ele pediu para ir embora. Dentro do carro, ele teve um acesso de ciúmes", disse.

Uma amiga de faculdade de Renata, que não quis se identificar, disse que ela havia dito que o noivo "tinha um gênio horrível". De acordo com ela, em 2008, o casal ficou dois meses separados.

Segundo outra colega da faculdade, Renata já havia contado para algumas amigas que o noivo era ciumento e que ele cobrava ciúmes dela. "Quando ela estava no carro com ele, não podia nem olhar para os lados", contou outra amiga. Além de advogada, a noiva era defensora pública do município de Amaraji, na Mata Sul."
fonte da matéria:
http://www.cabecadecuia.com/noticias/87075/renata-coelho-tinha-medo-das-crises-de-ciume-do-noivo-rogerio-damascena.html

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